Parque da Residência
A antiga residência oficial dos governadores paraenses é uma das belezas arquitetônicas encontradas na nossa capital paraense. Erguido no início do século passado, e instalado em terreno localizado na antiga avenida Independência, hoje Av. Magalhães Barata, o palacete residencial é em estilo eclético.
Uma curiosidade é o fato de que o palacete foi alugado ao Estado para ser utilizado como residência dos governadores Enéas Martins e Lauro Sodré. Mas, oficialmente, em 1933, o primeiro inquilino a morar foi o interventor federal Magalhães Barata, quando então, o terreno foi adquirido pelo Estado para ser a Residência Oficial do Governador do Pará.
O conjunto histórico sobreviveu até 1981 quando foi tombado pelo Estado e desativado como residência oficial do governador, em 1992. Em 1995, iniciou-se a elaboração do projeto de restauração e revitalização daquele patrimônio. A inauguração ocorreu em 1998.
No projeto, o palacete recebeu minuciosa restauração. Foram recuperadas as linhas arquitetônicas originais, assim como as peças de sua decoração que conseguiram resistir ao tempo: lustres de cristal, mobiliário, entre outros. Também foi revitalizado o busto "Clair de Lune", peça de petit bronze, que estava relegada à condição de ferro velho no depósito do palacete residencial. O brasão das armas do Estado também embeleza a fachada do Parque. Hoje o palacete abriga a sede da Secretaria Executiva de Cultura (Secult), responsável pela administração do local.
Para o jardim foram criados vários ambientes, a começar pelo orquidário, logo na entrada pela avenida Magalhães Barata. Feito em parceria com a Associação dos Orquidófilos e a antiga Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (Fcap), atual Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Ao lado do orquidário, o pavilhão Frederico Rhossard é utilizado para lançamento de livros, apresentação de bandas de música e outros eventos do gênero. Em seguida, encontra-se um espaço com fonte e chafariz, flanqueado por bancos, a Praça das Águas.
Sentado ao banco, uma surpresa: a estátua de Ruy Guilherme Paranatinga Barata (o poeta Ruy Barata) que nasceu em Santarém, 25 de junho de 1920 que foi um poeta, político, advogado, professor e compositor brasileiro – e paraense claro. Um dos ilustres representantes da poesia e literatura paraenses.
Seguindo o rumo da Alameda das Icamiabas, que corta o parque em toda a sua extensão, mostrando detalhes de desenhos indígenas, chegamos ao Restô do Parque, que funciona para almoço, com buffet a quilo internacional, e jantar, com cardápio à la carte, com destaque a pratos típicos da região.
Mais adiante, outra praça, desta vez a Praça do Trem, onde está localizado um velho vagão da finada Estrada de Ferro Belém-Bragança. Foi restaurado e virou a Sorveteria Vagão onde são servidos os especialíssimos sabores da Amazônia frutas como cupuaçu, murici, graviola e bacuri.
Estação Gasômetro
Na diagonal do vagão está o anfiteatro para apresentações ao ar livre. E, no final da alameda, a Estação Gasômetro, antiga estrutura de ferro inglesa, que pertenceu à Companhia de Gás do Pará.
Agora, é um teatro com capacidade para 400 pessoas, onde são apresentados espetáculos de música e artes cênicas. Nas laterais do teatro, o público tem acesso à lojinha de artesanato e produtos culturais, tais como livros e revistas, ao Café da Luz e à Subestação dos Frios.
Nas proximidades da loja mais uma das relíquias que compõem a história dos paraenses: o antigo cadillac oficial do governo do Estado, adquirido pelo governador Magalhães Barata, na década de 50, sendo o único modelo daquele ano existente no Brasil.
Além de representar um belo e agradável local para passeios, o Parque da Residência é parte integrante do resgate da memória cultural paraense.
Orgulho de Ser Paraense
Orgulho na Nossa Cultura!