segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não esquecendo o abraço recebido pelo Mercado de São Bráz pelo seu centenário


No último dia 28, o mercado de São Braz, aquilo que poderia ser um de nossos ilustres pontos turísticos, recebeu um abraço pela comemoração de seu centenário, isso porque no dia 25 o nosso antigo mercado completou 100 anos de existência e como não poderia deixar de ser, os moradores de Belém tiveram um excelente motivo para comemorar, pois, o prédio em estilo neoclássico e art-noveaus ainda está de pé. (o que é incomum em Belém). Antiga imagem de São Brás. O Mercado passou por pelo menos duas grandes reformas desde a sua inauguração em 1911, a primeira nos anos 80 modificou a pintura original do prédio e retirou as telhas originais importadas da Europa, segundo relatos, as telhas originais foram parar na casa de um “ilustre” ex-prefeito da cidade.



A segunda grande revitalização ocorreu no fim dos anos 90, na então administração petista de Edmilson Rodrigues. A pintura original foi recuperada, boxes para venda de artesanatos foram disponibilizados para os feirantes que ocupavam o estacionamento atrás do mercado e também para vendedores instalados ao longo das calçadas do início da Almirante Barroso e Cipriano Santos.
Após a reinauguração do Mercado de São Brás em 1999 muitos problemas surgiram, como goteiras no telhado (substituído por um de péssima qualidade), infiltrações nas paredes centenárias e o lixo acumulado principalmente na lateral esquerda do prédio. Além desses graves de problemas de infraestrutura, a presença de moradores de rua e dependentes químicos no entorno do prédio causou uma considerável queda na frequência de visitantes, que foi agravada com a retirada do posto da Guarda Municipal de Belém que proporcionava certa segurança aos frequentadores do espaço público.
É lamentável perceber o quanto a Prefeitura de Belém abandonou a manutenção desse espaço que poderia ser um dos cartões postais da cidade, o que beneficiaria o turismo e a economia da região, cada vez mais deteriorada.
A verdade é que o Mercado de São Brás é  mais uma “vítima” do descaso patrocinado pela Prefeitura e Governo do Estado que não promove a manutenção mínima desses espaços públicos, cada vez mais raros e subutilizados na cidade.
PS.: Há um projeto da Prefeitura de Belém que pretende transformá-lo no teatro municipal da cidade. Reuniões com os comerciantes já foram realizadas e de acordo com os mesmos, a feira de artesanato e alimentos voltará para o estacionamento.



Fonte: dihitt.com.br
Estamos de olho
Nosso Pará em foco
Vamos nos mobilizar e não deixar acabarem com parte de nossa história.

Marcha para Jesus leva milhares às ruas de Belém pelo 12º ano

A Marcha para Jesus, que congrega fiéis de todas as Igrejas evangélicas de Belém e região metropolitana, sendo considerada o maior evento evangélico de rua do Estado reuniu milhares de pessoas na caminhada deste ano que percorreu várias ruas do centro da capital , na tarde de sábado, 28.



Este ano a procissão passou pelas avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Magalhães Barata, até São Braz. Durante o percurso vários momentos de oração e músicas de louvor. O evento foi organizado pela Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil (Omeb) com o apoio da Prefeitura da capital, que organizou o trânsito e garantiu a segurança dos participantes, por meio de equipes da Companhia de Transportes de Belém (CTBel) e da Guarda Municipal.

Durante a caminhada os participantes fizeram momentos de orações pela Educação na frente da Casa da Linguagem, pela Saúde na frente do Hospital Ofir Loyola e pela Segurança na frente da Seccional de São Braz. O grupo também aproveitou para pedir bênçãos ao Poder Público em frente à Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), na Avenida Nazaré. Segundo o pastor Jerônymo Filho, “a Marcha acontece justamente para pedir bênçãos para toda a população de Belém”.

O secretário municipal de governo, Ivan Santos, esteve junto com funcionários do município na Codem, de onde acompanharam o evento. Ivan, representando o prefeito Duciomar Costa, disse que apoiar eventos como a Marcha para Jesus é colaborar com o trabalho que as Igrejas realizam na sociedade. “A Igreja possui um papel social importantíssimo, por isso é fundamental oferecer condições para a realização de eventos religiosos”, ressaltou o secretário.


Fonte: belem.pa.gov.br

Nosso Pará em foco
Orgulho de ser Paraense

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estado do Pará pode ser dividido em três partes


Em ano de eleição, líderes regionais correm para aprovar em Brasília uma consulta popular que oficialize a ideia. O Pará teria a oeste um novo Estado batizado de Tapajós e a sudoeste, Carajás.

Para isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá de realizar plebiscito para decidir sobre a criação do Estado de Carajás, com o desmembramento de parcela do sul e do sudeste paraense, área em que está localizada uma das mais ricas províncias minerais do mundo, atualmente explorada pela Vale, uma das maiores mineradoras do mundo e a principal empresa privada do País.
A contragosto da liderança do governo, a edição de decreto legislativo com essa finalidade foi aprovada ontem pelo plenário da Câmara dos Deputados. Além de Carajás, a mesma sessão da Câmara aprovou a realização de plebiscito para a criação do Estado do Tapajós, na parte oeste do território paraense, também contestada pelo governo. A matéria ainda voltará ao Senado porque houve modificação do texto original. "Estamos cansados de ouvir o apito do trem levando nosso minério de ferro sem a verticalização da produção", afirmou ao DCI, com crítica à atuação da Vale na região, o líder do PDT, deputado Giovanni Queiroz, autor da primeira proposta para a criação do Estado de Carajás, em 1992. "Precisamos abrir as portas das nossas riquezas a investidores nacionais e estrangeiros para a industrialização de Carajás."
O líder do governo Cândido Vaccarezza (PT) foi surpreendido pela decisão acertada pelo colégio de líderes anteontem à noite de incluir os projetos dos plebiscitos na pauta da sessão de ontem. Em abril do ano passado, os parlamentares favoráveis à redivisão territorial conseguiram aprovar urgência para a inclusão dessas matérias na pauta do plenário.
Vaccarezza ainda tentou apresentar um requerimento para a retirada dessas matérias de pauta, mas sofreu reação ostensiva tanto de parlamentares da base aliada, como o próprio líder do PT, quanto do líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA). Ele ameaçou obstruir a sessão, se o requerimento não fosse engavetado. O líder governista cedeu e a matéria foi aprovada por votação simbólica.
Também ausente à reunião de líderes e à votação, o líder do PT, Paulo Teixeira (SP), declarou ao DCI que o partido é contra a criação de novos estados. "O PT é contra por causa dos pesados ônus que isso representa ao País e o próprio povo do Pará é contra a redivisão do território", afirmou.



Governador do Pará  disse na última quinta feira (5), ser favorável ao plebiscito que pode dividir o Estado para criar as unidades de Carajás e Tapajós. 


Quando era deputado, o chefe da Casa Civil do governo, Zenaldo Coutinho, apresentou uma emenda no valor de R$ 1 milhão para realização de um estudo, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), sobre os impactos sociais e econômicos da divisão para os governos estadual e federal. 
Estimativas preliminares apontam que o retalhamento do Pará custaria R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
A região do Tapajós engloba 29 municípios, nas regiões do Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense. A região tem uma população de 1,7 milhão de pessoas, o equivalente a cerca de 20% da atual população do Pará. O futuro Estado já teria até capital: Santarém, com 276 mil habitantes.
Carajás, por sua vez, englobaria municípios localizados no sul e no sudeste do Pará, que abrangem uma área de 284,7 mil quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 1,4 milhão de pessoas.
De acordo com o projeto aprovado, o plebiscito será feito em novembro, seis meses após a publicação da lei. 
Se o resultado for favorável à criação do estado, a Assembleia Legislativa do Pará discutirá os impactos administrativos, financeiros, econômicos e sociais da divisão territorial.

Norte Energia quer afastar procurador do caso

Conforme noticiado pela mídia, a Procuradoria da República no Pará foi notificada na semana passada da existência de uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) do consórcio Norte Energia S.A (Nesa) contra o procurador Felício Pontes Jr. Na reclamação, a Nesa pede o afastamento do procurador do caso Belo Monte porque ele publicou em um blog uma série de artigos sobre os processos judiciais contra a usina hidrelétrica. Além disso, a empresa pede que o link para o blog seja retirado do site do Ministério Público Federal no Pará.

A reclamação é endereçada ao Corregedor Nacional do MP, Sandro Neis e foi encaminhada à corregedora do MPF, Ela Wiecko, que pediu a manifestação do procurador da República reclamado e depois vai decidir sobre o cabimento ou não dos pedidos da Norte Energia S.A. O procurador já enviou sua argumentação de defesa.

A empresa diz que o blog Belo Monte de Violências (www.belomontedeviolencias.blogspot.com) “incita à violência”, “utiliza-se de informações privilegiadas”, tem o “nítido propósito de inviabilizar a construção da hidrelétrica de Belo Monte”. A Norte Energia argumenta que o blog de Felício Pontes Jr fere “a autonomia do Poder Executivo, na medida em que expõe os atos administrativos dos órgão competentes à execração pública, taxando-os de ilegais e irregulares”.
Para Felício Pontes Jr, a reclamação tem um caráter autoritário evidente e carece de substância. O procurador responde: “se esse pensamento vigorar, o governo não pode ser criticado, ainda que as críticas expostas no blog tenham como origem autos processuais. Se assim for, não só o direito à informação deve ser abolido, mas também o direito de expressão”, diz na sua defesa à Corregedoria.
O procurador também aponta “o peculiar fato do ente privado Norte Energia S.A acusar tamanho ressentimento pela crítica a atos governamentais que lhe beneficiam. É até compreensível, ressalte-se, tamanho cuidado com a imagem governamental por parte da Norte Energia S.A, dado o custo da obra (R$ 25 bilhões por enquanto), a intensa participação, direta e indireta do Estado no financiamento da obra e na própria composição societária da empresa, subvertido que foi o projeto original de Belo Monte, antes investimento da iniciativa privada, agora um híbrido não previsto na legislação”.
Contra a internet – Para o procurador, ao reclamar do conteúdo do blog, do fato do blog permitir comentários e da existência de um link para o blog no site do MPF do Pará, a Norte Energia parece estar se insurgindo “contra a natureza mesma da internet, veículo de comunicação que inaugurou a era do diálogo entre emissores e receptores de informação, revolucionando a comunicação humana”.
Felício Pontes Jr aponta uma contradição flagrante na pretensão de censura e afastamento da Norte Energia S.A: o blog da Presidência da República do Brasil (www.blog.planalto.gov.br) tem um link para o blog do consórcio construtor de Belo Monte (www.blogbelomonte.com.br). O veículo de comunicação institucional da Presidência divulga notas oficiais da Norte Energia e até material publicitário de responsabilidade exclusiva da empresa – caso dos vídeos publicitários que estão sendo veiculados em aeroportos.
(MPF/PA)

Projeto propõe melhoria de vida de ribeirinhos



Estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontam sérios problemas de ordem econômica, social e ambiental em 16 ilhas de Belém, localizadas no sistema hídrico Guamá - Baía do Guajará. A falta de água potável, saneamento básico, transporte, educação, alimentação e geração de renda estão entre os principais entraves ao desenvolvimento local e à qualidade de vida. “As comunidades das Ilhas Sul têm a sua renda ligada à extração dos recursos naturais, principalmente o açaí e o pescado. Por conta disso, na época do defeso do peixe e da entressafra do açaí, os ribeirinhos ficam sem alternativa de renda, fato que aumenta a criminalidade nas ilhas, a prostituição infantil e o tráfico de drogas na região”, revela o geólogo e professor da UFPA, Milton Matta.
Esse diagnóstico geossocioambiental do complexo das Ilhas Sul de Belém deu origem ao projeto de consultoria técnica na área social que será apresentado no 4º Fórum das Ilhas, marcado para o dia 6 de maio, no Palácio dos Bares, em Belém.
O projeto está sob a coordenação do professor Milton Matta, do Laboratório de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Lahima) do Instituto de Geociências (IG/UFPA). A proposta é apresentar um levantamento detalhado das atividades que precisam ser desenvolvidas nas áreas das Ilhas Sul de Belém, no sentido de resolver os diversos problemas de cunho social, econômico, educacional, financeiro, ambiental e de saúde. Mas, de acordo com o pesquisador Milton Matta, o maior entrave, no momento, é a falta de apoio para a execução do projeto, orçado em R$ 76 mil.


Projeto
O trabalho será executado por uma equipe de dez pesquisadores e 20 alunos das áreas de Geologia, Engenharia, Oceanografia, Medicina, Nutrição e Pedagogia. As atividades vão envolver pesquisa de campo e estudo geológico e hidrogeológico com a equipe técnica das áreas das Geociências. As equipes de Medicina, Biologia e Engenharia Sanitária também farão as pesquisas de campo em cada uma das ilhas para a elaboração do perfil epidemiológico da população e dos projetos de abastecimento de água, de saneamento básico e a criação de peixe em cativeiro como alternativa de renda para a população local.
As equipes também vão trabalhar na elaboração dos projetos de transporte, de assistência médico-hospitalar e de educação escolar, seguidos da montagem do Programa de Educação Ambiental e Educação em Saúde. Outra linha de trabalho será a de analisar o perfil socioeconômico e cultural das 16 ilhas para a elaboração de roteiros ecoturísticos, como forma de gerar renda para a população e desenvolvimento para a região.
Ao final de todas essas etapas, os pesquisadores vão elaborar o projeto técnico-financeiro final para ser apresentado à comunidade envolvida a fim de buscar financiamentos.

Ilhas
Belém é formada por 39 ilhas, 16 delas formam o complexo da Ilha Sul do rio Guamá, que são: Ilha das Onças, Ilha Sacaia, Ilha Arapixi, Ilha Maçarico, Ilha dos Patos, Ilha do Mata Fome, Ilha Arapari, Ilha Jussara, Ilha dos Papagaios, Ilha do Maracujá, Ilha do Combu, Ilha Tanquãzinho, Santa Maria, Ilha Murutucã, Ilha Grande e Ilhinha.
Elas formam o sistema Rio Guamá - Baía do Guajará, que recebe 23% do esgoto da cidade de Belém. O problema levou o governo do Estado a criar, em 2010, o Conselho de Segurança das Ilhas Sul, formado por 17 pessoas, representantes das Ilhas Sul. Neste mesmo ano, a UFPA foi convidada a participar das discussões nos Fóruns das Ilhas, coordenados pelo Padre Jonas. (Ascom UFPA)
(Fonte: DOL)

Barco leva educação a crianças ribeirinhas




O primeiro supermercado flutuante do país está promovendo ações de educação ambiental para a população de 18 municípios ribeirinhos da região do Baixo Amazonas e Santarém. O barco chamado “Nestlé Até Você a Bordo”, reúne a Tetra Pak e a Nestlé, com o apoio da ong Noolhar. Além de oferecer orientações sobre coleta seletiva e reciclagem aos consumidores que visitarem o barco, educadores também ministram palestras e oficinas de educação ambiental nas escolas das cidades visitadas.
A primeira parada foi no município Boa Vista, interior do Pará. Na escola municipal Magalhães Barata, o arte educador Emerson de Souza, da Ong Noolhar, conseguiu identificar diversas crianças engajadas nas causas ambientais. “O município tem grande desejo por um projeto de educação ambiental. Moradores chegam a praticar a coleta seletiva, mas por não saberem como destinar o material recolhido, acabam destruindo ou não recolhendo muito coisa”, relata. Os alunos receberam kits com instruções de como reciclar papel e embalagem de Tetra Pak. “Deixamos o município trazendo na mala às expectativas da população para um projeto de educação ambiental que contemple a cidade”, enfatizou Emerson.
O projeto “nas Ondas da Reciclagem” teve início em novembro de 2010 com a instalação de um PEV - Ponto de Entrega Voluntária - no barco. A iniciativa colabora com a preservação do meio ambiente e ainda contribui com a inclusão social já que o material arrecadado é entregue para cooperativas da cidade de Belém, criando oportunidade de geração de renda para famílias da região.
A segunda cidade a ser visitada foi Breves, no sábado dia 30. Os educadores ambientais receberam a população no barco atracado no cais da cidade. Entre os visitantes, as irmãs Adriele de Souza, 10 anos e Ana Caroline, de 4 anos, duas ribeirinhas que relataram as difíceis necessidades em que passam. Com outros 11 irmãos, as pequenas perderam recentemente uma irmã de apenas 2 anos, vítima de malária. O pai sustenta toda a família com a pesca, enquanto a mãe cuida da casa. “Foi tocante, mas por um momento vi a felicidade no rosto das meninas enquanto elas se divertiam aprendendo sobre o meio ambiente”, disse Emerson. (Noolhar)

Casas foram destelhadas com a chuva de Belém

A forte chuva que caiu na tarde de hoje (9) em Belém causou transtornos a população.
No bairro do Guamá, próximo ao cruzamento da rua Barão de Igarapé Miri, um vendaval destelhou o terceiro andar de uma vila de Kitnets. Telhas e pedaços de madeira foram arremessadas para o outro lado da rua, destruindo três casas em frente a vila.
Portões de ferro, janelas e toda a frente das casas ficaram destruídas. Ninguém ficou ferido. Os moradores estão sem telefone e energia elétrica no local. (DOL)

Filha de Joelma diz como é sua relação com a mãe famosa


Mãe celebridade não é pra qualquer um. Acostumados com os flashes desde crianças, filhos de mães célebres que nasceram no Pará e conquistaram o mundo sabem a dor e a delícia de conviver com uma estrela. A cantora Nathália Sarraf, vocalista da banda "Forró Saborear", filha da vocalista Joelma, da Banda Calypso, conta algumas das histórias de infância e juventude.
"Minha mãe começou a carreira quando eu tinha 12 anos. Meus colegas de sala de aula sempre me perguntavam como era a minha vida e o que a minha mãe fazia nos momentos de folga. Apesar do trabalho corrido de artista, eu não a via como uma cantora e, sim, como uma pessoa normal do cotidiano", relata Nathália Sarraf. Segundo ela, os meses que mais convivia com mãe eram os de janeiro, fevereiro e julho. "Esperava ansiosa as férias colegiais para passar mais tempo com ela, pois passava no ônibus da banda indo de cidade em cidade onde ela fazia os shows", lembra.
A cantora informa que "alguns parentes, como avós e tios, às vezes, assumiam o papel de mãe, porém sempre que acontecia algum problema, mamãe me ligava, não importando onde estivesse. Perguntas sobre o assunto ou reclamações eram comuns quando isso acontecia", conta. "Ela nunca esteve ausente de minha vida apesar da distância", completa.
Nathália revela que foram poucas às vezes que passou o dia das mães com Joelma. "Não me lembro da última vez que passei o Dia das Mães com ela, pois sempre estava em shows. Porém, sempre nos falávamos por telefone. Se não fosse a tecnologia para matar a saudade, não sei se conseguiria ficar sem falar com ela", comenta.
"Se fosse para escolher eu permaneceria como está, sendo filha de uma famosa, pois não vejo o sucesso artístico como um defeito. Entretanto, dou um conselho para os filhos: aproveitem todos os minutos ao lado de sua mãe, pois a distância e a saudade machucam. Apesar de entender que a ausência é causada pelo trabalho, sentimos falta", admite. Joelma tem outros dois filhos: Yago e Yasmin, essa última com o músico Chimbinha.

Pará perde o talento que mostrou a Amazônia para o resto do mundo

Artista plástico Paolo Ricci morre aos 85 anos

O mundo das artes no Pará está de luto. Aos 85 anos de idade, morreu ontem o artista plástico e escritor Paolo Ricci, vítima de falência múltipla de órgãos provocada por uma pneumonia dupla. Paulo Ricci deixa consternados e saudosos a mulher Eliete e os filhos Trieste, Paulo e Marta Ricci, outros familiares e amigos, inclusive, imortais da Academia Paraense de Letras (APL), onde Ricci teve atuação destacada. Ao longo de uma vida toda voltada para as artes, Paolo Ricci sempre se mostrou como um homem sensível, expressando seu talento em obras valorizadas em Belém e em outros centros do Brasil e no exterior. Por meio de uma relação diária com a arte, Paolo expôs pintando, escrevendo e organizando mostras a partir de seu atelier no quintal da sua casa, na rua Arcipreste Manoel Teodoro, entre Padre Eutíquio e São Pedro, no bairro da Campina. O velório de Paolo Ricci transcorre na Capela do Recanto da Saudade, na rua Diogo Móia, 1264, com a Alcindo Cacela. O cortejo fúnebre seguirá, às 10 horas, para o cemitério de Santa Izabel.

Homem de fala mansa e foco nas nuances da vida, para trabalhar significados em telas e versos e crônicas, Paolo Ricci morreu às 13h15 horas, no Hospital Adventista de Belém, onde estava internado desde a última segunda-feira, dia 2. Ele nasceu em 8 de setembro de 1925, na cidade de Lucca, Província de Toscana, região centro-norte da Itália. Por 48 anos, Ricci atuou como advogado, ou seja, até os 80 anos de idade. Mas foi como homem ligado às artes que ele ganhou projeção na sociedade paraense e fora do estado. Paolo Ricci contabilizou 43 exposições, entre as quais 17 coletivas. Uma dessas coletivas se deu em Nova York, nos Estados Unidos, e que foi visitada pelo então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek.
Em 1980, Ricci ingressou na APL. Publicou três livros de poesia, foi cronista, contista e atuou como jurado de bienais de arte. Nos anos 60, Ricci foi professor de pintura no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU), onde ganhou uma bolsa para expor seus trabalhos nos EUA. Entre os amigos pintores mais chegados a Ricci, além outros nomes artísticos, figuram João e Joaquim Pinto, Arthur Frazão, Benedito Mello, Ruy Meira e Leônidas Monte. Ele chegou a expor trabalhos, a convite do governo dos EUA, em Washington, Filadélfia, Nova York, Chicago, Buffalo, San Francisco, Los Angeles e Okland. Seu trabalho está dicionarizado no MEC, Instituto Nacional do Livro, Museu de 
Artes da Bahia e na American Foundation for the Arts, em Nova York.
(O Liberal)