quarta-feira, 27 de abril de 2011

Chefs e boieiras promovem noite de delícias em jantar no Ver-o-Peso


A COMBINAÇÃO PERFEITA


Eles serviram delícias da culinária paraense ao paladar do exigente público

Chef Paulo Martins
Camarão, pirarucu assado e, claro, peixe frito. Essas e outras delícias da culinária paraense foram degustadas ontem no jantar popular no Mercado de Peixe do Ver-o-Peso, no encerramento da 9ª edição do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, que homenageia seu idealizador, o chef Paulo Martins, falecido em setembro de 2010. O jantar foi preparado por chefs paraenses e de outros estados, em conjunto com as "boieiras" do Ver-o-Peso. A entrada custou R$ 20, com direito à degustação de dois pratos diferentes, e, segundo a organização, cerca de 1.500 pessoas passaram pelo local.
Joanna Martins, filha do chef Paulo Martins e organizadora do evento, disse que a proposta do jantar foi oferecer pratos preparados pelas "boieiras" em dupla com os chefs, que acrescentam toques pessoais às receitas. Foram 16 duplas de chefs e boieiras.
Jórgia Mendes trabalha há 20 anos com refeições no Ver-o-Peso. Com o chef. William Chen, de Brasília, ela fez uma moqueca de aviú, sucesso entre o público. "Um evento como esse é um incentivo ao nosso trabalho", disse Jórgia. Para o chef William, que trabalha no ramo há 9 anos e participou pela primeira vez do jantar, a culinária paraense é única. "Todo chef tem vontade de participar desse evento, famoso no meio gastronômico. Fiquei muito feliz em ser convidado", afirmou Chen.
Fonte: O Liberal

A Tv Liberal está em Festa



Os 35 anos da afiliada da Globo, em Belém, são comemorados com show de graça e ao vivo para os telespectadores.



Hoje a TV Liberal, afiliada da Rede Globo em Belém, completa 35 anos. Para comemorar essas três décadas e meia de um trabalho voltado à informação da população sobre os maiores acontecimentos do Estado e do País, as Organizações Romulo Maiorana (ORM) realizam uma mega festa, no Cidade Folia. Atrações como Banda Calypso, a cantora Fafá de Belém e a aparelhagem de som Super Pop - além de um elenco de globais convidados especialmente para o aniversário - farão a alegria do público, que poderá trocar um quilo de alimento não perecível pelo ingresso para a festa, comandada pela equipe de marketing da TV Liberal e pela Bis Entretenimento.
Até a manhã de ontem, terça-feira, cerca de quatro toneladas de alimentos já haviam sido arrecadadas. A cada minuto, pessoas chegavam à sede da TV Liberal, na avenida Nazaré, para fazer a troca pelo ingresso. A gerência de marketing da TV espera acumular doze toneladas até o final da tarde de hoje (27). Todo o conteúdo arrecadado será distribuído entre as instituições atendidas pelo Criança Vida, a partir da próxima sexta-feira (29).
Ribeiro Júnior, gerente de marketing da TV Liberal, diz que a festa de aniversário da emissora é a maior já produzida para celebrar essas mais de três décadas de sucesso. E ainda, para comemorar, a nova campanha conceitual, "Todas os dias com você", ganhará reforço. "Queremos reafirmar a proximidade com o telespectador. A TV Liberal faz parte do cotidiano das pessoas. Por isso preparamos essa festa tão grandiosa para comemorar junto com o nosso público esses 35 anos de atuação", destaca Ribeiro.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Câmara dos Deputados deverá investigar os indícios de fraude na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa)

Domingos Juvenil
Os deputados Cláudio Puty (PT-PA), Jean Wyllys (PSOL-RJ), Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Francisco Paciano (PT-AM) entregaram ontem à Mesa Diretora da Casa requerimento para a criação de uma comissão externa para participação nas investigações do Ministério Público do Pará, que, na última terça-feira, cumpriu quatro mandados de prisão e mandados de busca e apreensão contra funcionários, ex-funcionários e ex-parlamentares da Alepa. Em 30 dias de investigação, o MPE confirmou denúncias de existência de funcionários fantasmas, pagamento de vantagens indevidas, laranjas na folha de pagamento e sonegação de imposto de renda de pessoa física e contribuição previdenciária. Irregularidades que sangravam em pelo menos R$ 1 milhão, por mês, os cofres da Assembleia. "Como há indícios de desvios de recursos federais, como aqueles associados a imposto de renda, descontos previdenciários, inclusive, envolvimento da Receita Federal na apuração, nada mais natural que a Câmara Federal participe dessa investigação. Até porque há uma rejeição da própria Asembleia Legislativa do Pará no sentido de abrir as informações, de instaurar a CPI da corrupção. Não obstante, todos os indícios de irregularidades flagrantes, dadas as prisões, pela busca e apreensão na casa do Domingos Juvenil, o envolvimento do ex-diretor administrativo financeiro e atual diretor do Detran no processo, implica que o envolvimento de tanta gente poderosa do Pará já é de amplo interesse público, não se restringe somente aos interesses da Assembleia", justifica o deputado Claudio Puty.
Robgol ( ídolo do Paysandu)
Segundo o parlamentar paraense, o presidente da Casa, o deputado Marcos Maia (PT-RS), deverá decidir na próxima terça-feira sobre a criação da comissão externa e definir o colegiado que deverá integrá-la. "Existem dois tipos de comissão externa na Câmara: aquela que gera ônus e a que não gera. A que gera ônus tem que ir a plenário. A que não gera, fica a critério da decisão monocrática do presidente da Casa. Nós, parlamentares, estamos dispostos a pagar as nossas passagens, de não gerar nenhum ônus à Câmara dos Deputados. Ele já deverá, no início da próxima semana, designar os membros da comissão externa, que, provavelmente, serão os autores do requerimento", explicou Puty.

HISTÓRICO


Na terça-feira passada, oito promotores de Justiça, com apoio da Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), da Polícia Civil, recolheram documentos e provas nas casas dos ex-deputados estaduais Domingos Juvenil (PMDB), que foi presidente da Assembleia, e José Robson do Nascimento, o Robgol, ex jogador do paysandu (PTB), além da própria sede da Casa, em Belém. Na casa de Robgol foram apreendidos R$ 500 mil em dinheiro e R$ 40 mil em vale alimentação da Alepa.
Durante a busca por documentos e provas na casa dos acusados e na sede do Poder Legislativo, foram detidos provisoriamente os funcionários Jorge Moisés Caddah, diretor do departamento de informática; Semmel Charone, ex-chefe do Gabinete Civil e que também já foi responsável pela contratação de estagiários; Daura Hage, atualmente na Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter); e Euzilene Lima, ex-funcionária do gabinete do ex-deputado Robgol e que, atualmente, estaria lotada no setor de pessoal.
(O Liberal)

Nosso Pará em Foco
E nós de olho nos acontecimentos!

Estado e Itamaraty discutem ajuda a paraenses que vivem no exterior

"Atualmente existem cerca de 3 milhões de brasileiros vivendo em situação de risco no exterior", informou o subsecretário do Itamaraty, embaixador Eduardo Ricardo Gradilone, responsável pelas questões de emigração e imigração no Brasil, em reunião na manhã desta quarta-feira (20), com o governador em exercício, Helenilson Pontes. O embaixador estava acompanhado da diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Luiza Lopes, e do conselheiro Aluízio Gomide, do Ministério das Relações Exteriores.
O objetivo da visita do embaixador e comitiva foi buscar parceria com o governo do Estado para auxiliar os paraenses que vivem no exterior. "Colocar o Pará no cenário dessas discussões contribui para auxiliar os paraenses que não têm acesso ou mesmo desconhecem seus direitos quando emigram", destacou Eduardo Ricardo Gradilone.
O embaixador afirmou que há uma grande dificuldade em fazer um levantamento de quantos brasileiros vivem em situação ilegal em outros países, pois os mesmos se recusam a preencher formulários por medo de represálias. No entanto, ressaltou que essa realidade está mudando devido às visitas constantes que o Itamaraty tem feito a esses lugares, conquistando assim a confiança dos brasileiros.
Proposta - Uma das popostas feitas pelo subsecretário ao governo do Pará foi a criação de um escritório que atenda os paraenses que retornam do exterior, oferecendo auxílio e condições para que eles relatem os problemas que enfrentaram fora do Brasil. O escritório serviria também para esclarecer paraenses que pretendem ir para o exterior sobre os perigos de entrar em outro país ilegalmente.
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes) mantém o albergue Domingos Zaluth, que atende os paraenses que retornam ao Estado depois de sofrerem abusos nos países para onde emigraram.
Segundo dados da Sedes, em 2010 o abrigo recebeu 10 pessoas que retornaram da Guiana Francesa e uma da Colômbia, onde trabalhavam em garimpo ou, no caso das mulheres, em prostituição. As pessoas que retornam para o Estado recebem atendimento oferecido pela Sedes, e ficam tuteladas pelo Estado até o retorno para as famílias. A articulação entre o Estado e esses paraenses é feita pela embaixada.
O subsecretário informou ainda que muitos paraenses vivem no Suriname em condições precárias, vulneráveis à prostituição, prisões, abusos da polícia, analfabetismo e outros problemas sociais. Nos garimpos daquele país, acrescentou, de 100 trabalhadores, 50 são brasileiros.
O Itamaraty mantém o serviço de assistência consular, destinado a auxiliar brasileiros que vivem em situações de risco no exterior.
O encontro aconteceu na Delegacia Geral de Polícia Civil e contou com a participação da secretária de Estado de Administração, Alice Viana; da diretora de Assistência Social da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, Rosiane Souza; do delegado Geral de Polícia Civil, Nilton Ataíde, e do secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes.
Agência Pará de Notícias



Nosso Pará em Foco

O estado do Pará poderá ter 46 novas cidades


Notícia boa para os moradores de distritos que lutam por emancipação no Pará: lideranças do movimento pela criação de novos municípios no Estado estão empolgadas com a receptividade do governo estadual à ideia. Afirmam ter conseguido o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Manoel Pioneiro (PSDB), e do chefe da Casa Civil do governo, Zenaldo Coutinho.
Se as expectativas se concretizarem, serão criados mais 46 municípios no Pará, que passará a ter 190 municípios, com boas possibilidades de a população eleger os novos prefeitos e vereadores já na eleição de 2012. Das 46 novas cidades que o movimento pretende criar, 21 estão localizadas no sul e sudeste do Estado.
De acordo com João Cardoso, presidente da Comissão de Emancipação dos Distritos do Sul e Sudeste do Pará, caso um plebiscito aconteça este ano, os novos municípios poderão escolher seus prefeitos e vereadores já nas eleições de 2012.
Por outro lado, Mariozan Quintão, liderança comunitária da Vila Santa Fé, em Marabá, uma das que pleiteiam a mudança para município, lembra que esta é uma luta que já dura 15 anos. Segundo ele, somente de Brejo do Meio até a localidade conhecida como “Macaco Careca”, que abrange quatro distritos que lutam pela emancipação, é necessário recuperar 1.500 quilômetros de estrada. 
Vale lembrar que, no Pará, quem decide sobre a criação de novos municípios, é exatamente a Assembleia Legislativa do Estado, daí a confiança dos movimentos emancipacionistas. (Diário do Pará)



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E nós de olhos bem abertos em tudo!



Morte de sete pessoas com a queda de avião em Santarém

Uma aeronave monomotor, modelo Seneca, prefixo PT-EFS, da empresa Amazonaves Táxi Aereo caiu minutos após a decolagem, na tarde desta quinta-feira (21), na pista do Terminal 2, do aeroporto internacional Eduardo Gomes, localizado no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
Equipes do Corpo de Bombeiros que atenderam a ocorrência informaram que entre as vítimas fatais estão três homens, três mulheres, uma criança e um cachorro.
Uma das vítimas seria o proprietário da Amazonaves, identificado como Antônio Picanço.
A aeronave tinha como destino o município de Santarém (PA).
O Seneca modelo EMB – 810 C, pesava 2.073 quilos , e tinha capácidade para cinco pessoas. A aeronave estava regular com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).
 jornal A Crítica


Nosso Pará em Foco

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Hélio Gueiros, um adeus ao som de Como é grande o meu amor por você


Faleceu por volta das 13h da última sexta-feira (15), o ex-governador do Pará (1987-1990) e ex-prefeito de Belém (1993-1996), Hélio Mota Gueiros. A informação foi confirmada pela família.

HOMENAGEM
O corpo foi conduzido pelos cadetes do Corpo de Bombeiros e saudado com uma salva de tiros pelos cadetes da Polícia Militar. A esposa, Terezinha Gueiros, foi amparada pelos filhos Marcos e Paulo Henrique Gueiros. Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia fúnebre foi quando o corpo foi enterrado ao som da música de Roberto Carlos “Como é grande o meu amor por você”. Segundo informações da família, foi escolhida por ser a preferida do político.

Esposa, filhos e netos não quiseram falar com a imprensa, mas agradeceram o apoio, principalmente de pessoas anônimas que acompanharam até o final a trajetória de Hélio Gueiros. A agente de portaria Albertina Leal, de 59 anos, deixou tudo em casa para se despedir de Gueiros. Segundo ela, vão ficar na memória gestos de simplicidade do político. “Ele ajudava a quem precisasse. Lembro que, quando ele era prefeito, eu trabalhava no palácio e ele sempre mandava entregar envelopes com boas gorjetas aos flanelinhas que ficavam lá pela frente”, relembrou.
Lembranças da irreverência de Hélio Gueiros também vão ficar na memória da jornalista Marilena Vasconcelos, de 47 anos. “Eu estudei com os filhos dele e lembro que naquele época ele era governador e sempre achei engraçado o fato dele ser igual ao que ele era em público e na televisão, com a família e os amigos dos filhos. Um homem muito alegre”.
O cunhado Manoel Moraes, de 69 anos, lamentou não ter se despedido de Gueiros. A última vez que tentou falar com ele foi há 15 dias, mas Gueiros não estava mais reagindo. “Ele não abria mais os olhos e falava muito pouco. O Hélio sempre foi um homem muito forte e feliz e não queria que ninguém soubesse do seu estado de saúde. Eu fico triste por não ter me despedido dele, dado um abraço”.
É um momento muito emocionante. Eu fiz questão de vir aqui me despedir dele, que foi um excelente governador e prefeito. Não me lembro de ter conhecido um político que se parecesse com o povo, ele era gente como a gente”, comentou o ambulante Manoel Trindade, de 47 anos. Essa foi a imagem que Hélio Gueiros deixou a muitos paraenses: a de um homem próximo do povo.
“Parece que foi ontem que ele comandava esse Estado de forma simples como era, mas também com rigidez que exige de um bom governante. Vim aqui me despedir, é a minha forma de homenagear esse grande homem. Meu pai era também um grande admirador dele e morreu no mês passado, por isso a minha emoção é muito grande”, disse a comerciária Valéria Rodrigues, de 37 anos.
O ambulante e a comerciária foram se despedir do ex- governador e ex- prefeito, durante o velório no sábado, no Palácio Lauro Sodré. Às 15h, o corpo do político foi colocado no carro do Corpo de Bombeiros e foi levado em cortejo pelas ruas de Belém até um cemitério particular em Ananindeua. Das janelas dos ônibus, muitas pessoas acenaram para o cortejo.

Hélio Gueiros morreu aos 85 anos, de complicações renais. 
(Diário do Pará)


Nosso Pará em Foco
Perdendo um ilustre de nossa terra!

Os imóveis nas áreas nobres de Belém





Morar com tranquilidade, segurança, próximo de shoppings, ruas com boa infraestrutura, supermercados, pontos turísticos... É o que todo cidadão sonha para si e sua família. Mas os preços dos imóveis em bairros do centro da capital paraense estão muito altos. Os bairros mais procurados para morar: Umarizal, Nazaré, Batista Campos.
A Relações Públicas Viviane Viegas, 26, natural de Monte Dourado, região Norte do Pará, mora há oito anos em Belém. Ela veio para Belém para trabalhar e estudar. Desde que chegou na capital paraense mora no bairro de Nazaré. A forma que encontrou para morar em um bairro tranquilo e próximo de estabelecimentos comerciais foi morar em um espaço menor. “Aluguei um kit net, pago R$ 600,00 e moro em um local bem localizado. Certamente se eu fosse alugar um imóvel um pouco maior que o meu o preço seria duas vezes maior” afirma a Relações Públicas.
Já o Técnico em Informática Rafael Barros, tenta sair da periferia de Belém para morar no centro da cidade, mas os altos preços dos imóveis vêm conseguindo adiar o sonho de Rafael. “Atualmente moro em Icoaraci, pretendo morar em um bairro um pouco mais próximo do centro da cidade, mas os preços estão exorbitantes, assim fica um pouco complicado e está fora de minha realidade financeira”, completa Rafael.
Para uma família de classe média, comprar um imóvel na região central de Belém é tarefa praticamente impossível. Que o diga a jornalista Helaine Cavalcante, de 21 anos. Há algum tempo, ela e a família – composta por cinco pessoas – estão tentando sair do bairro do Guamá, onde vivem, para uma casa ou apartamento em outro ponto da cidade. Começaram a procurar no centro, mas logo desistiram da idéia, pois, no local, uma casa “simples”, com dois ou três quartos, como diz a jornalista, não sai por menos de R$ 200 mil. Um apartamento, então, nem se fala. Agora, Helaine busca um imóvel em áreas de expansão, como a rodovia Augusto Montenegro. “Lá, pelo menos, nós já encontramos apartamentos na faixa de R$ 100 a R$ 150 mil, muito mais dentro da nossa realidade”, explica. 


Histórias como a de Helaine são, hoje, bastante comuns. Isso se deve ao fato de as áreas centrais da cidade terem ficado, ao longo dos últimos anos, cada vez mais valorizadas. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) do Pará e Amapá, Jaci Colares, em bairros como Umarizal, Batista Campos, Nazaré e Marco o preço do metro quadrado gira entre R$ 3 mil e R$ 4,5 mil. A maioria dos empreendimentos localizados nesses pontos são adquiridos por investidores, tanto da cidade como de fora. “Felizmente, ainda há grandes investidores nesse país”, comemora Colares.
O fenômeno, segundo Colares, tem apresentado, no entanto, um efeito negativo para os corretores: a concorrência cresce a cada dia. Hoje, eles já são mais de cinco mil em todo o Estado. “Tem médico, advogado, engenheiro. Todo mundo quer ser corretor”, afirma, acrescentando que para o exercício profissional é preciso fazer um curso e obter o diploma junto ao Creci. 

A enorme procura por residências em áreas centrais vem contribuindo para a especulação no setor imobiliário paraense. O diretor de uma corretora de Belém, José Colares Filho acredita que a grande procura por casas ou apartamentos em bairros, ditos nobres de Belém, propicia um aumento em até 50% em relação a outras áreas da cidade. “A procura por áreas nobres é muito grande e os proprietários de imóveis aproveitam a procura para elevar os preços. Em alguns casos, apartamentos ou casas chegam a custar o dobro do que em áreas centrais. Em cidades como Fortaleza, Porto Alegre e outras cidades, tanto o aluguel quanto a venda são bem mais baratos”, explica.
Já a professora de Arquitetura e Urbanismo, Alice Rodrigues, acredita que essa valorização demasiada do centro da cidade se deve a diversos fatores. Entre eles, a farta infraestrutura encontrada nesses locais, o que inclui o acesso a serviços públicos e privados. “A maior parte dos investimentos públicos se deu na área central da capital, até, no máximo, a avenida Júlio César, que constituem a primeira légua patrimonial de Belém. A área de expansão, que vai do Entrocamento a Icoaraci, só começou a ser trabalhada a partir das décadas de 80 e 90”, comenta.
O resultado disso é uma diferença gritante em termos de qualidade de oferta do centro em relação às regiões mais periféricas. E, embora atualmente, já exista um movimento de saída da área central, ele ainda é muito lento e tímido. “As pessoas preferem morar perto da escola dos filhos, do trabalho, e onde podem ter acesso a todos os tipos de serviço”, acredita.
Para a professora, uma das soluções para o problema seria criar pontos de atração longe do centro, como grandes projetos urbanísticos que ofertem, ao mesmo tempo, qualidade e infraestrutura. “Sem dúvida, falta uma visão mais abrangente e poder de articulação, principalmente por parte do poder público, que poderia buscar parcerias junto ao próprio setor privado, um dos mais interessados nessa expansão. Hoje, o poder privado só se aproveita das melhorias feitas pelo poder público. É preciso descentralizar a cidade”, observa.

(fonte: DOL)



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Precisamos ficar de olhos bem abertos no Pará