sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Multidão disputa bilhetes gratuitos


Superclássico em Belém começou com uma verdadeira demonstração de falta de respeito para com aquelas pessoas que se dispuseram a solicitar a gratuidade, uma verdadeira falta de respeito/organização.

Alguns idosos passaram mal na fila formada desde a véspera na FPF
Uma multidão se aglomerou na entrada da Federação Paraense de Futebol (FPF) ontem, dia marcado para a retirada de ingressos referentes à gratuidade e para o início da retirada de bilhetes comprados pela internet para o Superclássico das Américas. Como é que se marca duas coisas dessas para um mesmo local e horário, sabendo ou pelo menos tendo uma base da quantidade de gente que estaria presente lá?
O horário de entrega estava marcado para as 9 horas, mas diante da presença maciça de idosos, aposentados e portadores de deficiência, os bilhetes começaram a ser entregues às 7h10. Expostos a uma forte temperatura, como já era de se esperar, alguns idosos passaram mal, mas não houve maiores tumultos com a graça de Deus.
A fila para o recolhimento de ingressos gratuitos começou a ser formada com bastante antecedência: desde as 4 horas da manhã de quarta-feira já haviam interessados na porta da FPF. Na manhã de ontem, quando a distribuição efetivamente começou, a procura foi tanta que a fila ocupava todo o muro do cemitério Santa Izabel na rua Paes de Souza e dobrava para a Barão de Mamoré, rua perpendicular à entidade, local onde para quem conhece, é sabedor que não há nenhuma cobertura para tentar se defender do sol. Debaixo de sol, os milhares de aposentados, idosos e portadores de necessidades especiais sofriam com o calor. Um deles, Délio Galvão, de 67 anos, passou mal e chegou a desmaiar. Além de sofrer de diabetes, seu Délio teve uma crise que aumentou sua pressão. O aposentado ainda se queixava de dores nas costas e momentaneamene saiu da fila para pegar um ar, depois de ser reanimado. Ele contou com a solidariedade dos 'colegas' de fila, que o acudiram e até ofereceram um remédio para pressão. Questionado se todo aquele sofrimento valia a pena, Délio não titubeou. 'É a Seleção Brasileira, né. Vale, sim', disse.
Quem não teve a mesma disposição para conseguir o ingresso foi a aposentada Vera Lúcia Bentes, de 63 anos. 'Acho um absurdo termos que ficar debaixo de um sol desses', disse ela, que afirmou ainda desconfiar de que a presença em grande número de aposentados era explicada por supostos esquemas com cambistas. 'Nem 20% desses idosos vai ao jogo na próxima semana', disse ela, que entrou na fila para comprar ingressos - e onde curiosamente ficavam cambistas que abordavam as pessoas que saíam com ingressos de gratuidades nas mãos. Até as 9h40, a Klefer, empresa que organiza o jogo entre Brasil e Argentina, estimou que já haviam sido entregues 450 ingressos de gratuidades, nos cinco guichês reservados para o serviço.

Isso foi realmente uma verdadeira BAGUNÇA.

Vamos nos organizar, por que desorganizado já está a muito o futebol de nosso estado, provavelmente os organizadores são os mesmos.

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