domingo, 30 de março de 2014

Governo do PA proíbe saída de peixe do estado para semana santa

O governo do Pará publicou nesta sexta-feira (28) um decreto que proíbe a saída de pescado do estado durante a semana santa. Com a medida, fica proibida a comercialização de pescado fresco, resfriado e salgado para fora do Pará - o único comércio liberado é o de peixe congelado, beneficiado no estado - entre os dias 1º e 18 de abril. Quem desrespeitar a medida será multado, além de ter o produto apreendido e doado para instituições de caridade.
Para garantir a permanência do pescado, a Agência Agropecuária do Pará não irá emitir guias de transporte animal para pescado vivo, enquanto a Secretaria de Pesca e Aquiculturá irá suspender a emissão de autorização de transporte de peixe fresco e resfriado.O governo fará controle de fronteiras em rodovias e portos, para flagrar pescado sem autorização.
Exportação
Para o secretário de pesca e aquicultura do Pará, a produção do estado, que chegou a 720 mil toneladas em 2013, visa primariamente a exportação, já que o volume é grande demais para o mercado do estado - com excessão de datas especiais, como a semana santa, quando a procura aumenta. "O decreto visa coibir a ação de atravessadores, que enchem carretas com peixe in natura e beneficiam em outros estados, gerando empregos e tributos fora do Pará. Por isso, embora sejamos um grande produtor, acaba faltando peixe fresco nas feiras de Belém", explica.
Abastecimento
Segundo o economista Roberto Sena, o decreto deve ter um impacto positivo no custo do peixe para o consumidor paraense, já que as pesquisas realizadas no mês de março apontam tendêcia de alta de preços durante a quaresma. "Esperamos uma oferta maior garantindo o abastecimento, com equilíbrio de preços", avalia.
Tradição
A funcionária pública Dora Cunha conta que, durante a quaresma, evita comer carne vermelha nas quartas e sextas-feiras. "São os dias que a igreja orienta para abstinência", explica. Para ela, a medida pode ser benéfica para o consumidor que quer manter a tradição. "O peixe tende a ficar caro, já que a procura é grande. Faz parte da lei do mercado, mas a gente procura manter a tradição, apesar do preço, buscando alternativas em feiras livres e feiras do pescado popular", explica.

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