Como todos os brasileiros, são sabedores, a festa do Círio de Nazaré é a maior procissão católica do mundo e uma das mais tradicionais também, sendo celebrada desde 1793. A devoção a Nossa Senhora, teve início em Portugal. A imagem original da Virgem, pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha e teria saido da cidade de Nazaré em Israel, tendo sido esculpida por São José. O termo "Cirio", tem origem na palavra latina "Cereus" que significa vela grande e a procissão, a princípio era noturna, por isso era necessário o uso de velas. Só a partir do ano de 1854 a procissão, passou a ser realizada pela manhã.
A procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, é realizada em Belém do Pará no segundo domingo de outubro, cidade considerada "O Portal da Amazônia".
Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belémao Santuário.
A cada ano, a quantidade de romeiros bate todos os recordes, dos anos anteriores. Assim como a rapidez com que o caminho secular da procissão foi percorrido. São mais de 2 milhões de romeiros seguindo a berlinda com a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré só na grande procissão do domingo.
A força da fé, que move os devotos de Nossa Senhora, é a energia necessária, para manter atrelada a corda à berlinda até grande parte do percurso. Depois de uma certa parte do caminho, o desejo de levar para casa um pedacinho de um dos mais simbólicos elementos do Círio faz com que promesseiros comecem a cortar pedaços da corda, o que pnormalmente, provoca a revolta de outros inúmeros fiéis.
O sentimento de entrega e servidão dos fiéis, é traduzido no pagamento de promessas. Corpos machucados e sensação térmica de 39ºC não desanimam quem tem muito a agradecer à Virgem de Nazaré.
Transladação
O fato da procissão acontecer à noite torna o momento ainda mais bonito, pois, além de a cidade toda se enfeitar e se iluminar para saudar a Virgem de Nazaré, é possível constatar que a Trasladação é uma verdadeira procissão à luz de velas levadas pelos devotos durante todo o percurso.
A cada ano que passa, o número de fiéis que acompanham a Trasladação é maior. Nos últimos anos, a corda atrelada à berlinda tem sido tão disputada quanto na grande procissão de domingo.
Romaria Fluvial
A queima de fogos, no trapiche do distrito de Icoaraci, anuncia na manhã do sábado, o início da Romaria Fluvial, considerada a terceira das 11 procissões da quadra nazarena. Na manhã do sábado, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré se dirige até o barco da Marinha do Brasil, que conduz a procissão pelas águas da Baía do Guarajá. O término do cortejo, é quando a imagem chega chega à Escadinha do Cais do Porto, término do cortejo e de onde segue a Moto-Romaria.
Nas águas da baía, cerca de 350 embarcações, entre barcos, ferry boats, balsas e lanchas, sejam elas grandes ou pequenas, não importa, acompanham o trajeto, sob os olhos de milhares de devotos, que assistem a passagem da Santa nas margens da cidade.
De acordo com o presidente da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), Luiz Souto, a Romaria Fluvial valoriza um dos elementos mais característicos e representativos da região: os rios. "Essa procissão democratiza mais o espaço de participação dos romeiros. É uma forma de dar oportunidade aos ribeirinhos, àqueles que vivem próximos às águas, de fazer parte desse momento", garantiu. A Romaria Fluvial ocorre há 25 anos e foi criada pela Paratur, em 1986. .
Nosso Pará em Foco
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